O Engenheiro que atuou no algorítmo de recomendações utilizado pela Netflix, tem um novo projeto e quer atuar na aceleração do diagnóstico de câncer. Antonio Molins, um espanhol radicado nos EUA é uma das mentes por trás do algorítmo de pesquisas criado para a Netflix que se utiliza de sistemas de recomendação e mineração de dados. Aos 35 anos, o espanhol que reside atualmente em São Francisco (EUA) é um curioso e sempre procura saber como as coisas funcionam e possui a ambição necessária para procurar soluções.
Começou sua carreira na Universidad Politécnica de Madri, mas mudou-se para os EUA onde entrou para o programa de PhD nas áreas que mais sonhava trabalhar engenharia e medicina, que foi ministrado em parceria entre Harvard e o MIT.
Antonio é um cientista de dados que trabalhou em vários algorítmos para diversas áreas, mas o principal é o de recomendações criado para a Netflix. Neste ele procura conhecer melhor a experiência dos usuários dentro da aplicação identificando as diferenças e as preferências dos usuários, e em horários distintos. Tudo é diferente para cada pessoa, dependendo da hora e de quem você é. Isto gera páginas de recomendações diferentes.
Dentre estes algorítmos o que foi elaborado para identificar o “porquê você assistiu” a um programa é o mais interessante de todos, aponta Antonio, pois auxiliarm a identificação do melhor programa indicar para um adulto ou uma criança que assistiu a um conteúdo do Homem Aranha. O adulto assitiu por gostar de blockbusters, já a criança assistiu pois gosta de super-heróis. Desta forma as recomendações serão diferentes. Basicamente estes algorítmos funcionam através das TAGs registradas para cada conteúdo oferecido. Através das TAGs é possível identificar de forma ágil qual é o conteúdo assistido pelo usuário, e baseado na preferência dos usuários, de forma geral, o algorítmo vai aprendendo sobre qual é o comportamento padrão realizado pelas pessoa na ferramenta aprimorando as sugestões que deve realizar.
Atualmente Antonio trabalha na empresa Miroculus, atuando na área de pesquisa estatística sobre a ocorrência de câncer de estômago em pacientes de países subdesenvolvidos, onde caso um médico suspeite que um paciente têm câncer de estômago ele é enviado para uma endoscopia mas na grande maioria dos casos o paciente não têm a doença. Aplicando seus algoritmos sobre os dados estatísticos, Antonio pretende identificar padrões sobre os diagnóstivos e sintomas apresentados pelos pacientes, criando uma lógica que será incorporada a um dispositivo de fácil manuseio que auxiliará no diagnóstico precoce desta doença sem a necessidade de realizar caros exames. Este é só um estudo inicial nesta área que Antônio pretende realizar, democratizando com isto a utilização destes conceitos de “aprendizado de máquinas” em pesquisas para área de saúde.
Conheça estes e mais detalhes em uma entrevista realizada pelo jornal Zero Hora com Antonio Molins, uma das mentes mais brilhantes sobre algoritmos de machine learning da atualidade, onde ele conta mais detalhes sobre seu trabalho na Netflix e como ele pretende aplicar todo este conhecimento para buscar a melhor nos processos de diagnóstico de câncer nos seres humanos.
Fonte: Zero Hora